Zona Azul afasta consumidores e preocupa comerciantes em Leme, SP

Um dos principais pontos de insatisfação é o valor cobrado, considerado mais alto do que em cidades vizinhas.

A Zona Azul Brasil de Leme (SP) tem sido alvo de fortes críticas de moradores e comerciantes, que relatam queda nas vendas e insatisfação crescente com o sistema de estacionamento rotativo. A principal queixa é de que a empresa alterou regras e valores sem aviso prévio claro, resultando em autuações que muitos consideram injustas.

Nos últimos dias, a revolta ganhou força nas ruas e nas redes sociais. Comerciantes do centro afirmam que o movimento diminuiu desde a ampliação da cobrança. “Já teve cliente que disse que não vai na loja por conta da Zona Azul”, contou um lojista, preocupado com o impacto nas vendas.

Outro comerciante relatou que muitos consumidores desistem de comprar ao perceber o custo do estacionamento. “Tem gente que vem até a porta, vê o preço e vai embora. Está pesando no bolso de todo mundo”, lamentou.

A polêmica chegou também à Câmara Municipal de Leme. Vereadores cobram explicações da empresa Zona Azul Brasil e da Prefeitura, e prometem intensificar a fiscalização sobre o contrato e as tarifas cobradas. “Queremos transparência e respeito com o cidadão lemense”, declarou um parlamentar durante sessão recente.

Um dos principais pontos de insatisfação é o valor cobrado em Leme, considerado mais alto do que em cidades vizinhas. Confira a comparação:

  • 30 minutos: Leme R$ 1,20 / Limeira R$ 0,70 / Araras R$ 1,00

  • 60 minutos: Leme R$ 2,35 / Limeira R$ 1,00 / Araras R$ 2,00

  • 120 minutos: Leme R$ 4,70 / Araras R$ 4,00

A diferença chega a 20% a mais que Araras e mais do que o dobro do valor cobrado em Limeira para meia hora de estacionamento. Com a insatisfação em alta, motoristas e comerciantes pedem revisão imediata das tarifas, melhor comunicação com o público e regras mais transparentes.

Enquanto isso, cresce o número de pessoas que afirmam que vão evitar estacionar na Zona Azul — ou até deixar de frequentar o centro da cidade. “A gente quer trabalhar, mas do jeito que está, o cliente pensa duas vezes antes de vir ao centro”, desabafou outro comerciante.